quinta-feira, 20 de junho de 2013

O projeto da “CURA GAY!”

Antonio Nunes de Souza*

Enquanto o país está em tensão extrema com as passeatas de protestos contra os vinte centavos de aumento no transporte coletivo, movimentos mesclados com vândalos contratados para incentivar os grupos e, ao mesmo tempo, fazerem badernas, quebram quebras, destruições de patrimônios do próprio povo, outros grupos, mais bandidos ainda, se aproveitavam para fazerem saques, roubos, arrombamentos de casas comerciais, incendiarem carros, ônibus, apedrejarem policiais, etc., nesse mesmo momento, a câmara de deputados estava tremendamente preocupada em aprovar um projeto inusitado e incrível denominado CURA GAY!

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Lógico que se for contado isso em qualquer lugar do mundo servirá de gozação ou pensam que você está brincando. Mas, é a mais pura das verdades. Um deputado que não é do SUS, mas, ferrenho protetor dos CUS, acredita, piamente, que dar o fiofó seja uma doença grave, que eu não sei se ele acha que é contagiosa ou hereditária, mas, dependendo de um bom tratamento, pode-se transformar uma bicha louca daquelas bem espalhafatosas como essas que aparecem nos programas humorísticos das televisões, num dos mais respeitáveis garanhões brasileiros.
Se ele pensa que é um problema psíquico, está enganado redondamente, pois, segundo uma psicóloga de renome internacional, não se trata de distúrbio mental e nada tem a ver com as funções cerebrais. É vontade de dar o chicote mesmo. Não se tem uma explicação convincente, porém, segundo declarações abalizadas de praticantes rotineiros, é uma verdadeira delícia esse ato, principalmente quando praticado com e por amor!
Então, já que esse comportamento é de vontade própria e desejo sexual, devemos todos nós respeitarmos as pessoas que assim procedem e se consideram felizes com suas práticas, vivendo independentemente, sendo inclusive excelentes profissionais nas suas atividades.
Eu, com minha mente cheia de criações malditas, imaginei logo como seria uma clínica especializada em curar gays. Todos acordariam às cinco horas da manhã, tomariam uma ducha fria, colocariam suas roupas de ginástica e os médicos soltariam vários Petibulls atrás deles para que corressem ligeiro para não tomarem mordidas na bunda. Na volta, fariam uma série de ginásticas com marombas de vários pesos e, depois de dez minutos de descanso, duas horas de aulas de Karatê, Judô, Box e mma. Após essa maratona, um café robusto e, em seguida, dar vinte voltas numa piscina olímpica com água gelada, parando para um almoço com dobradinha, feijoada, sarapatel e feijão tropeiro. Claro que com bem pimenta, etc.
Depois dessas pequenas tarefas, um bom descanso de uma hora e, imediatamente, um ônibus levariam todos para um bar da periferia, daqueles de malandros e pagodeiros, para aprenderem gírias, o linguajar falado na malandragem, como ganhar as gatas nos bailes funks, etc.
No fim da tarde voltariam um pouco cansados, jantariam e cada um iria para o seu quarto, onde uma enfermeira já estaria nua em sua cama, para dormir bem abraçada fazendo todas as carícias possíveis.
Lógico que, na manhã seguinte desse comportamento médico, haveria um suicídio coletivo de todos os pacientes!
Não sei se exagerei nas minhas elucubrações, mas, deixo patenteada a minha indignação com esse ridículo preconceito, uma vez que todos temos nossos direitos de escolher as opções sexuais que mais nos apraz, exercendo o famoso livre arbítrio. A câmara de deputados deveria se preocupar com coisas que realmente sejam problemas e não preferências sexuais. Assim como todos nós lutamos pelo nosso direito de ir e vir, os homossexuais têm o direito de dar e receber, desde que não ofenda ou firam nenhuma pessoa!

*Escritor – Membro da Academia Grapiúna de Letras – antoniodaagral26@hotmail.com

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