quarta-feira, 19 de junho de 2013

Cultivo de hortas enriquece processo educacional em Ilhéus

A inserção do cultivo de hortas no currículo pedagógico das unidades educacionais do município de Ilhéus amplia o processo educacional em várias vertentes. Através do plantio e colheita das hortaliças, os estudantes aprendem o valor proteico e medicinal dos alimentos, a importância da socialização para a produção do bem comum, a noção de higiene e de economia doméstica e ganham um estímulo a mais para a leitura e escrita. “Trata-se de um processo metalinguístico, porque aqui eles plantam, colhem e se alimentam do resultado da própria produção, aí eles transferem isso para o dia a dia da sala de aula”, observa a educadora Helena Maria Moraes Borges, da Escola Municipal Vovô Isaac.  


Esses benefícios são proporcionados pelo programa de ‘Grão em Grão’, parceria entre a Prefeitura de Ilhéus, através da Secretaria Municipal de Educação (Seduc), com a Fundação Cargill, e consiste na promoção de aulas práticas e teóricas sobre o cultivo de hortas. Quinze unidades escolares participam do programa, das quais nove estão no perímetro urbano e seis na zona rural, envolvendo 250 professores e 7.500 alunos do 1º ao 5º ano do ensino fundamental. Todos os produtos colhidos devem ser utilizados nas cozinhas das unidades educacionais para reforçar a merenda escolar.
Crianças como Luiz Henrique Conceição de Souza e Lívia Brito da Silva, ambos de 8 anos, alunos do 3º ano do Ensino Fundamental, põem literalmente a ‘mão na terra’ e tornam-se multiplicadores dos bons hábitos alimentares. “A atividade é muito boa, eu gosto muito. A gente aprende a cultivar horta e ainda pode ensinar outras pessoas. Eu já falei lá em casa para minha mãe”, comentou Lívia, enquanto preparava a leira de cenoura. “Eu gosto de plantar, porque aprendo como me alimentar”, completou seu colega, Luiz Henrique, enquanto regava o mesmo canteiro. 
Auxílio técnico – O suporte técnico para a produção das hortas é concedido pelos funcionários da Cargill, Jodeildes Oliveira e João Clemente. Em sala de aula são realizadas atividades pedagógicas, com a proposta de intensificar o processo de leitura e escrita dos alunos.  Através de suportes como a Régua Fonética e uma cartilha própria do projeto, as crianças ganham um estímulo a mais para leitura, com foco na educação alimentar e ambiental. “O programa incentiva alunos e pais para a cultura saudável”, destaca Helena Maria.
A régua é utilizada pelos educadores para ensinar as crianças a aprender a grafia e o som corretos das palavras. Na cartilha, há jogos, ilustrações e histórias para leituras. “Com a aplicação das atividades pedagógicas orientadas pelo programa, além da produção do conhecimento sobre hortas e alimentação, já detectamos a melhoria do nível de leitura e escrita dos alunos”, lembrou a coordenadora pedagógica da Seduc, Ana Angélica Serafim.      
Ela ressaltou também que a Fundação Cargill dispõe de pedagogos que anualmente capacitam os professores e merendeiras envolvidos no programa. “A empresa é responsável pelo envio do material didático para os professores e alunos (kit com livros e cadernos de atividades, cartazes e livros do professor) e oferece apoio às merendeiras, implanta, faz a manutenção das hortas escolares e fornece terra, sementes, adubo orgânico e ferramentas”, informou a técnica pedagógica.
Escolas beneficiadas – O programa atende às escolas municipais Pequeno Davi, Vovô Isaac, Oswaldo Ramos, Heitor Dias, Dr. Nelson Oliveira e Paulo Freire, além do Centro Educativo Fé e Alegria (conveniada) e o Centro de Atenção Integral à Criança (Caic) Darcy Ribeiro. Também são beneficiadas as escolas nucleadas das localidades rurais de Banco do Pedro, Sambaituba, Couto, Santo Antonio, Olivença e Aritaguá I (Novo Ilhéus).

Da - Secretaria de Comunicação Social (Secom) - Ilhéus – 19.06.2013

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