Dr. Andirlei Nascimento - Adv; Dra. Emilli Nascimento - Adva; Marinez André da Silva; Rosilda Ribeiro Santos; Márcia Silva dos Santos (APEDFIR).
A APEDFIR agora tem Voz e Vez! Em conformidade com a Constituição Federal de 1988, principalmente com base nos artigos 196 ao 200, onde no 196 é rezado de que "a Saúde é Direito de todos e Dever do Estado, garantido mediante Políticas Sociais e Econômicas que visem à redução de risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços
para sua promoção, proteção e recuperação."
O ex-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil - OAB/Subseção - Itabuna (Dr. Andirlei Nascimento), juntamente com a Dra. Antônia Emilli Nascimento - Adva; receberam ontem (03), as representantes da Associação de Pessoas de Doenças Falciformes de Itabuna e Região, as senhoras Marinez André dos Santos - coordenadora geral; Rosilda Ribeiro Santos, secretária - geral; e a primeira - secretária da associação, Márcia Silva dos Santos; assegurando à entidade, apoio jurídico gratuito e midiático.
As doenças falciformes são um grupo de doenças genéticas e hereditárias, que alteram as formas dos glóbulos vermelhos do sangue. A mais conhecida é a anemia falciforme. Há alterações na hemoglobina que resultam em glóbulos vermelhos em forma de foice, gerando anemia, crises de dor, alterações em alguns órgãos, com risco de infecções, úlceras, sequestro de sangue no baço, entre outras complicações, gerando muitas vezes, risco de morte, se o paciente não tiver um acompanhamento adequado. No ápice da dor é administrada a morfina! Os pacientes também têm várias restrições na vida cotidiana.
Em Itabuna, segundo as representantes da APEDFIR, há morosidade na Central de Regulação do SUS, com pessoas portando o laudo médico, mas sem assistência (exceção para algumas as quais fazem parte do Fluxo). Outra agravante é a falta de remédios, como Hidroxiureia (responsabilidade do governo do Estado da Bahia), Ácido Fólico, Pen-Ve-Oral, além de outros, nos postos de saúde de Itabuna, na farmácia da Prefeitura e no Centro de Referência de Anemia Falciforme, onde houve relatos também da iminência do fechamento do CERDOFI (entre 2020 e 2023), o que constituiu um absurdo, uma atitude inadmissível. Há rumores de que a farmácia mudará para o bairro Lomanto, dificultando ainda mais a acessibilidade.
Segundo ainda as representantes da APEDFIR, a Regulação de Saúde da Prefeitura Municipal de Itabuna tem a obrigatoriedade de oferecer as medicações de 3 em 3 meses, mas não há uma certa pontualidade, o que leva pacientes a obter a atenção necessária, apenas de 6 em 6 meses, comprometendo o tratamento e levando ao risco de morte, pois a maioria dos pacientes não tem condições financeiras para adquirir os remédios os quais são caríssimos. Vale lembrar de que há pacientes de outras cidades também, desprovidos de transporte e sustento econômico.
Em um caso específico, uma paciente, enfrentando a falta de remédios no ano de 2014, teve de comprar uma caixa de Hidroxiureia por R$ 400,00 (quatrocentos reais), com 100 (cem) comprimidos, com a administração de 3 comprimidos ao dia. E os que não têm a mesma sorte? Morrem? Noutro caso, uma paciente passou mal em um dos hospitais da cidade de Itabuna, e o médico não demonstrou conhecimento específico, com agravamento do quadro clínico, levando-a à UTI.
Relatam as dirigentes da APEDFIR, de que no CEDORFI, o tratamento passou a ser mais humanizado depois das campanhas organizadas pelos ativistas, com oferta agora de exames de doppler (só para crianças - não incluem adultos), enfermeiros, fisioterapeutas, oftalmologistas e neurologistas, mas reclamam do espaço físico no centro da cidade, o que facilitava a locomoção e o acesso a restaurantes e afins, pois muitos pacientes deslocam-se de cidades circunvizinhas (cerca de 62 municípios) e outros dos bairros periféricos de Itabuna. Hoje, funciona na Policlínica 2 de Julho (Av. Aziz Maron - bairro Góes Calmon).
De acordo ainda com o relatado pelas representantes da APEDFIR, há poucos especialistas na área para o atendimento adequado aos pacientes, até pelo Sistema Único de Saúde (SUS), fazendo com que pacientes procurem médicos particulares, bem como, desinteresse pela causa desses pacientes por parte dos Órgãos Públicos de Saúde e políticos em geral, principalmente dos representantes do Executivo e Legislativo. Muitos trabalhadores nos postos de Saúde mostram-se inseguros com relação à enfermidade e não há informações em placas ou cartazes sobre a doença falciforme.
Os advogados: Dr. Andirlei Nascimento e Dra. Antônia Emilli decidiram abraçar a causa das pessoas portadoras de doenças falciformes, prometendo lutar pelos direitos inerentes garantidos pela Constituição Federal do Brasil de 1988, e de forma incansável. "A Saúde é um direito de todos e dever do Estado, conforme estabelecido no artigo 196 da CF," enfatizaram os causídicos.
Da Redação
Foto: APEDFIR
Fontes: APEDFIR e os advogados: Dr. Andirlei Nascimento e Dra. Emilli Nascimento.
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