quinta-feira, 17 de novembro de 2022

ITABUNA. CONSTANTES ALAGAMENTOS NA CIDADE GERAM PREOCUPAÇÃO À CÂMARA DE VEREADORES




Câmara de Vereadores preocupada com os constantes alagamentos na cidade de Itabuna









   Mas o Poder Executivo sabe  de que há 4 estações climáticas no ano e de que no Verão, a intensidade de chuvas é maior. E o problema não é só do atual gestor. Os anteriores também têm culpa, pois não fiscalizaram a construção de casas por exemplo, dentro dos córregos, literalmente.
   Somado a tudo isso, há a cultura do povo em descartar lixo e entulho nas ruas, terrenos baldios, canais e rios. Há ainda a falta de manutenção por parte do Poder Público, pois em casos extremos, usam-se os atos emergenciais, o que na verdade seria a prevenção como prioridade.
   Na última matéria sobre o assunto de alagamentos (15), o Jornal e Blog Correio dos Municípios enfatizou de que falta à Prefeitura de Itabuna, investir na área de drenagem em proporção ao crescimento urbano. Esmiuçando, seria a construção de mais bueiros (proporcionalmente ao número de casas, quarteirões), construção de mais galerias e lagoas ou piscinões de captação e escoamento de água pluvial. 
   Em 2012, segundo o IBGE,  a média de bueiros ao redor de domicílios no Brasil era de somente 41,5%. Apenas em algumas capitais do Sul do Brasil, a média ficou acima de 80%. É o caso de Curitiba (PR), com 84,3%, à época.
   Esse problema só não é de Itabuna. A maioria das cidades brasileiras passam pela mesma situação. Mas há soluções. Na cidade de Arujá (SP) por exemplo, foram colocados "bueiros inteligentes", com uma espécie de cesto para recolher o lixo (só a água passa), servindo ao mesmo tempo como conscientização, pois quando recolhido o lixo, as pessoas podem ver a dimensão do problema, como garrafas "pet" retidas. Esse material poderia ser encaminhado para reciclagem também.
   Em Natal (RN), em 2022, a Prefeitura investiu cerca de R$ 160.000.000,00 (cento e sessenta milhões de reais), em drenagem. Dentre as ações nessa área, há a construção de lagoas de captação de água da chuva, aliviando a vazão de água pelos canais. 
   As medidas paliativas e emergenciais postadas nas redes sociais, como tratores, limpeza (no momento das enchentes), na tentativa de "maquiar" um problema tão grave, não resolvem. Falácias, também não solucionam esse problema longevo. Itabuna urge por investimento na área de drenagem, faz anos. É o mesmo problema da oferta de água potável. Um sistema arcaico, da década de 1960. Itabuna é um centro regional. A cidade cresceu.
   Faltam as iniciativas, contratação de especialistas da área, elaboração dos projetos, licitação, contratação das empresas e efetivação das obras. Até quando a população vai creditar a responsabilidade ao Poder Público, e este, à população, na troca de culpabilidade mútua, no jogo do empurra-empurra?  


Da Redação (Emadilson de Jesus)
Foto: Câmara de Vereadores de Itabuna
Fontes: Câmara de Vereadores de Itabuna
             Prefeitura de Natal (RN)
             Prefeitura de Arujá (SP)
             Diário do Nordeste
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