sábado, 15 de junho de 2013

Brasil está escalado para a estreia na Copa das Confederações

Carol Delmazo, do Portal da Copa
Neymar é o principal nome da Seleção de Brasileira, que joga neste sábado contra o Japão (Foto: Rafael Ribeiro / CBF)
Neymar é o principal nome da Seleção de Brasileira, que joga neste sábado contra o Japão (Foto: Rafael Ribeiro / CBF)
Brasília – Na coletiva de imprensa na tarde desta sexta-feira (14.06), o técnico Luiz Felipe Scolari confirmou que pretende iniciar a partida contra o Japão, neste sábado (15.06), com o mesmo time que começou jogando o amistoso contra a França.
“Se não tivermos problema de treinamento, psicológico, mental, dor de barriga…. é assim que vamos”, disse o treinador. Dessa forma, a escalação tem Julio Cesar; Daniel Alves, Thiago Silva, David Luiz e Marcelo; Luiz Gustavo, Paulinho e Oscar; Hulk, Fred e Neymar.



Felipão exaltou as qualidades do Japão e sabe que o primeiro adversário – a única equipe, além do Brasil, que já garantiu vagana Copa de 2014 – vai impor dificuldades por deixar poucos espaços em campo.
“Estamos tentando treinar fazendo com que a bola role rapidamente, promovendo mudanças frequentes, para ver se a gente surpreende um adversário que joga com 9, 10 jogadores atrás. Embora, pelos estudos que estamos fazendo, o Japão possa jogar mais à frente”, explicou o treinador.
Felipão sabe que ganhar a primeira partida é fundamental para garantir o apoio da torcida e evitar o excesso de pressão, especialmente por disputar o torneio em casa. Quando treinava Portugal na Eurocopa de 2004, disputada no país, Felipão vivenciou essa situação e não quer passar por ela novamente.
“Naquela ocasião perdemos o primeiro jogo para a Seleção da Grécia e depois nos classificamos com duas vitorias. É horrível (perder o primeiro jogo), o ambiente fica difícil de administrar. Torcedores, público, imprensa, jogadores, é uma situação que não se deve passar. É importante que amanhã possamos vencer o Japão”, disse.
Neymar
Em vários momentos da conversa, Felipão falou sobre o atacante do Barcelona e disse estar satisfeito com o comportamento do jogador. “Ele tem a mesma responsabilidade dos outros. Não vai jogar com 11 camisas no corpo. Quanto mais ele entender que é um jogador de equipe, muito melhor ele vai ser no aspecto profissional. Não tenho nada a cobrar do Neymar desses jogos que tem jogado e não tem feito gols, porque ele tem feito aquilo que é solicitado a ele com boa vontade e dedicação. A exigência é que ele seja um jogador útil e de  equipe, que é o que sempre faz um bom jogador”, disse.
O treinador fez uma crítica à forma como a imprensa trata o jogador. “Vocês tem que proteger o grande ídolo que têm aqui, mas parece que a finalidade não é proteger, é execrar porque não olhou para o lado esquerdo, porque não pintou o cabelo de loiro. Se temos um ídolo, acho que  devemos valorizar, essa é a minha ideia. E cobrar dele o que pode fazer. É um jogador de 21 anos que faz parte de uma equipe, de uma Seleção. Sozinho não vai ganhar”, disse.
Adaptações
Scolari explicou que não tem como fazer com que cada jogador desempenhe a mesma função e jogue da mesma forma que em seus clubes de origem. Segundo ele, esse é um dos desafios de adaptação a um esquema tático próprio da Seleção.
“Vejo  as pessoas dizendo que eles tem que jogar igual jogam nos clubes. Eu vou jogar com 11 esquemas no mesmo time? Tenho que adaptar aqueles jogadores a um esquema normal de um técnico da Seleção. No seu clube cada um tem um esquema diferente. O que temos que dar é liberdade para que joguem pelo menos dentro das características deles e adaptar esses jogadores a um sistema em que todo mundo saia beneficiado”, disse.
Jogar no Brasil
Felipão comentou, ainda, a importância de o país se unir neste momento em que vai receber a Copa das Confederações e o Mundial de 2014, para mostrar qualidades dentro e fora de campo.
“Hoje estivemos com pessoas dentro da Seleção, principalmente com o ministro Gilmar Mendes (do Supremo Tribunal Federal), e falamos sobre o Brasil, sobre o que temos de fazer para mostrar nossa pujança. Não só para nós, mas para as pessoas que vêm de fora. Que deixássemos nossas diferenças de lado e nos dedicássemos a fazer com que o Brasil realmente evoluísse em todas as áreas”.
E, mais uma vez, o técnico falou da importância e do desafio de jogar em casa. “Temos que fazer com que o torcedor participe desde o início e seja mais um jogador a nosso favor. Temos que tirar proveito dos torcedores dentro do estádio e nos arredores, para que a equipe adversária realmente sinta. Para que isso aconteça, temos que jogar bem”, disse. “Se tivermos contratempos e não tivermos o apoio necessário, passa a ser ruim jogar em casa”, reconhece.

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