sábado, 29 de agosto de 2009

Acordo vai permitir estudos para construção de barragem



Um passo decisivo para a solução do problema de abastecimento de água em Itabuna, que precisa ampliar a capacidade de captação e distribuição de 600 para mil litros por segundo, assim o prefeito Capitão Azevedo definiu o resultado de um encontro entre representantes do governo municipal e lideranças dos produtores rurais, além do presidente da Associação dos Usuários das Águas do Rio Colônia, Júnior Borges, em seu gabinete, na noite de quarta-feira (26). Na agenda, a questão do Projeto da Barragem de Acumulação do Rio Colônia, com inicio de novos estudos para a definição da altura em relação à soleira do vertedouro, que definirá a área a ser inundada, e consequentemente, o volume de água armazenado para atender ao abastecimento de Itabuna nos momentos mais críticos.
O encontro teve as participações dos empresários rurais José Carlos Macedo, Renato Monteiro, Rogério Macedo, Eustáquio Coelho Lima e Júnior Borges, além dos secretários de Desenvolvimento Urbano, Fernando Vita; de Assuntos Governamentais e Comunicação Social, Walmir Rosário, e do presidente da Emasa, Alfredo Melo. Na oportunidade ficou acertada a realização de novos estudos topográficos e hidrológicos para a barragem do rio Colônia, que é um dos formadores do Cachoeira e deverá fornecer 70% da água para o abastecimento de Itabuna.
O estudo vai diminuir o impacto ambiental da obra e permitirá uma redução significativa redução no custo da sua execução, como também provocando uma diminuição das áreas inundadas, o que significa preservar grande parte da infraestrutura existente, ou seja, estradas, rede de energia, de telefonia e benfeitorias nas fazendas.

Agenda
Outro aspecto a ser ressaltado é que o prefeito Capitão Azevedo assumiu também o compromisso de ajudar no possível ao projeto de despoluição dos rios Colônia e Cachoeira, até porque a Emasa tem experiência tecnológica neste setor. Na negociação com lideranças dos produtores e usuários das águas do Colônia ficou também acertado o agendamento com a Secretaria do Meio Ambiente da Bahia, para uma audiência pública da Superintendência de Recursos Hídricos (SRH) visando a discussão do projeto da barragem.
O secretário de Desenvolvimento Urbano, Fernando Vita, considera que a negociação possibilitou um ajuste no projeto para não prejudicar produtores rurais da área e ao mesmo tempo assegurando condições para a realização de uma obra essencial para Itabuna, bem como para a região, pois ela vai significar a regularização da vazão do rio Cachoeira.
Vita informou ainda, que a equipe de topografia da Ceplac vai iniciar os estudos ainda nos próximos dias, com a definição de uma cota para a barragem, delimitação da área onde será constituído o lago e dimensionamento de questões de infraestrutura. “Itabuna também se compromete, além da realização da obra, com o projeto de recuperação da bacia do Cachoeira, um projeto de cunho ambiental”, frisou.
O projeto, para Fernando Vita, vai garantir o abastecimento da população de Itabuna num horizonte mínimo de 20 anos, além de permitir a perenização do rio Cachoeira, eliminando problemas de escassez de água nos períodos mais críticos e em que a situação se agudiza. A melhoria da vazão do rio também vai permitir uma melhor diluição da carga de esgoto, que hoje em grande parte é drenado para o rio, que poderá com um trabalho de despoluição ter retomada a exploração econômica através da piscicultura, lazer e irrigação, em paralelo naturalmente à recomposição da flora e da fauna.
Segundo o presidente da Emasa, Alfredo Melo, com a construção da barragem, Itabuna não apenas vai regularizar o abastecimento para a população, como também eliminar de uma vez por toda o sistema de rodízio nos bairros, o que sacrifica a maior parte dos itabunenses que recebem água num intervalo de oito a quinze dias, além de melhorar a eficiência dos serviços de abastecimento, com uma conseqüente redução de custos operacionais. Ele também considera como vantagem adicional o fato de que a garantia de um maior suprimento de água vai permitir o desenvolvimento industrial de Itabuna, com a possibilidade de atração de investimentos de grande porte e geração de empregos.
Em essencial, o secretário de Desenvolvimento Urbano, Fernando Vita, ressalta que o projeto visa otimizar o aproveitamento dos recursos hídricos na forma de usos múltiplos, de modo a elevar a qualidade ambiental da bacia dos rios Colônia e Cachoeira, bem como das áreas urbanas de Itabuna e Itapé, com uma população de mais de 230 mil pessoas, e localidades como Salobrinho e Banco da Vitória, em Ilhéus, melhorando a saúde pública e a qualidade de vida das suas populações. A obra também reduzirá os riscos das graves enchentes sazonais que afetam às populações ribeirinhas, em especial nas zonas urbanas.

Nenhum comentário: