A Secretaria de Planejamento
Há mais de quarenta anos,
quando era repórter do Jornal
da Região Cacaueira, sob
o comando do jornalista José
Roberto Pinheiro Maia Bezerra,
que escrevi um artigo enfocando
a necessidade de Itabuna
ter uma Secretaria de
Planejamento que, áquela altura
já fazia-se necessária ao
seu desenvolvimento, tendo
em vista a cidade já possuir
estrutura de capital de uma
região, pois todas as comunidades
num raio de mais de
80km se abasteciam e tinham
como centro de saúde a cidade
fundada por José Firmino
Alves.
Os anos passaram-se e os
problemas acumularam-se
sem que a Secretaria acima citada
fosse criada para ordenar
o seu desenvolvimento e
servir de diretriz ao seu
progresso,tendo em vista, a
proliferação de bairros que
iam sendo criados com todos
os gargalos possíveis, sem que
o poder público tivesse mecanismos
para frear a desordem
que ia implantando-se na periferia
de Itabuna, sob o olhar
complacente do poder público
municipal e os olhos fechados
da Câmara de Vereadores,
como, aliás, continuam fechados
para inúmeros problemas
da comunidade.
O desenvolvimento de Itabuna
ficou estrangulado por
mais de quatro décadas. Imperando
a improvisação sem
que nenhum segmento se posicionasse
diante dos prefeitos
de plantão, alertando-os
para o caos urbanístico que a
cidade vinha atravessando.
Chega-se ao ano de 2008 e com
ele o processo eleitoral da
sucessão municipal. O Capitão
Azevedo lança-se candidato
e eu tive uma conversa
com o mesmo a respeito de Itabuna
ter uma Secretaria de
Planejamento e o Cerimonial
tendo em vista o que representa
o município no contexto
da Federação. O CapitãoAzevedo foi sensível à minha
argumentação.
Hoje, temos estas duas
importantes engrenagens dentro
da administração de Itabuna
para nortearem os passos
do atual gestor e entregues
a dois profissionais que merecem
respeito e acatamento
pelo que representam na nova
engrenagem administrativa
de Itabuna: Maurício Athaide
e Ramiro Aquino ( tudo o
que sei sobre cerimonial foi
Aquino que orientou-me e não
poderia este setor estar em
outras mãos que não as deste
profissional do mais alto gabarito),
que tudo farão para
que máquina da prefeitura
ande bem azeitada.
Sinto-me alegre por ver,
após quarenta anos, a cidade
de Itabuna ter uma Secretaria
de Planejamento, sonho que
acalentava ao longo de todos
estes anos, além do Cerimonial
que, desde a segunda
administração do ex-prefeito
Fernando Gomes, eu e o companheiro
jornalista Eduardo
Anunciação reivindicávamos.
Itabuna é capital de uma
região e vai preparar-se para
o Centenário, o que vai exigir
de todos nós, independente
de posicionamentos políticos
ideológicos, união e solidariedade
para que as comemorações
possam ter o mesmo
brilhantismo ou maior ainda
do que a festa que o prefeito
Alcântara fez quando a cidade
fez 50 anos.
É um desafio para todos.
Para o governo municipal e
para o povo representado pelos
seus mais importantes segmentos.
O Centenário de Itabuna
irá constituir-se numa
prova de fogo da capacidade
de um povo que sempre soube
vencer barreiras, ultrapassar
adversidades e dar exemplos
de bravura e determinação
quando assim foi exigido.

*Jornalista e presidente da
Academia dos Pensadores
de Itabuna