quinta-feira, 12 de março de 2009

Participe do Café com Poesia na praça Dia 14 de março (Dia da Poesia)





CORREIO CULTURAL AGENDA ATUALIZADA

Festa dos 18 anos do Clube do Poeta foi um sucesso!
Parabéns presidente Adeildo Marques e poetas que mostraram a
preocupação em fomentar a arte poética como extensão e dialética.
Beijos!
Zélia.

IRA E PAIXÃO

Adeildo Marques
Corpo que se estremece
Como se fora partir
Alma que se conturba
Como estivesse a imergir,
Cabeça, cérebro e mente
Em turbulenta emoção.
Veias, sangue e músculos
Diminuindo a função,
Tudo isto uma só coisa:
Raiva, ira e paixão.
Dormir contra-ponto da vida,
É deixar de existir
Não sentir o coração bater
Nem amar e nem sofrer,
É a parada da vida
Tão necessária ao viver
Abastece a retina
Para novas fantasias
E desperta noutro dia,
Para viver novos momentos
Sem ira, raiva ou paixão..

A PRAÇA

(Guido Manoel Santos)
Havia uma praça
de beleza, de horrores
crianças jogavam bola
mulheres vendiam flores.
Políticos faziam discursos
mágicos enganavam
bancos no escuro
onde casais se amavam,
Árvores de vários tipos
árvores de várias cores
árvores de verdade
árvores para atores
teatro público
cenário pronto
a hora do "show"
mas os garotos se preucupam
com a bola, com o gol.
O menino do picolé
gritava os sabores
os garotos jogavam bola
as mulheres vendiam flores
os casais namoravam
os políticos prometiam favores
os mágicos enganavam
despertando curiosidades nos senhores
e a lição de moral
dada pelos atores.

Sou o que sou

Glória Brandão
Sou mulher,
Sou desejo,
Sou poesia,
Sou sonho,
Sou ilusão,
Sou presença,
Sou saudade
Sou prazer
Sou sedução
Sou verdade
Sou estrela,
De brilho fulgente
Encerrando a negritude
Das tuas noites.

Coração
Nelson Ribeiro da Silva (Azulão)
Nasci pobre
E sou menino
E já vivo no mundo a reinar.
Remar sempre o meu destino
Para o pão nosso ganhar
Onde está a minha casinha
Que te pôs neste lugar
Entre as praias tão sozinha
Entre os rochedos e o mar.De Mãos Dadas
Gil Nunesmaia
De mãos dadas
Percorreríamos todas as estradas
De mãos dadas
Atravessaríamos tranqüilos vales
Verdejantes de esperanças.
De mãos dadas
Escalaríamos íngremes penhascos
Buscando as altitudes
De mãos dadas
deslizaríamos por suaves encostas
De mãos dadas
Olharíamos os mesmos horizontes
De mãos dadas
Contemplaríamos as mesmas belezas da
natureza.


De mãos dadas
Meditaríamos sobre os mesmos mistérios
do universo.
Desligamos nossos corações,
Desligamos nossas mãos
Não mais poderei imaginar
Os caminhos que hás de percorrer
Não saberei descrever
Não mais importa o caminho
Que percorrerei sozinho
Com as mãos vazias.

Nenhum comentário: