NOTA DE REPÚDIO À MANIFESTAÇÃO DA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA
DE ITABUNA
O
Município de Itabuna/BA vem, através do presente documento, exercitar o seu
direito de resposta às falsas acusações proferidas pela Santa Casa de
Misericórdia de Itabuna – SCMI -, por meio de Nota Pública, emitida na data de
02/10/2019.
É
importante esclarecer a sociedade que, no que toca à atual gestão municipal,
são falaciosas e falsas as acusações da SCMI, o que se comprova pela própria
nota pública emitida pela Santa Casa, em que a mesma alega cobrar judicialmente
o valor de R$ 27.372.000,00 (vinte e sete milhões, trezentos e setenta e dois
mil reais), referente a serviços realizados no período de 2008 a 2016, ou seja,
referente a outras gestões deste Município.
Não
bastasse o crédito que a Santa Casa alega cobrar judicialmente ser derivado de
período de outras gestões e estar tramitando na justiça, onde o Município
comprova o pagamento de todos os serviços executados pela SCMI juntando Nota
Fiscal e respectivo extrato de pagamento, ressalta que sua existência ainda
depende de provimento judicial. É valioso destacar também, que são igualmente
falsas as acusações da SCMI, em relação a atual gestão, do que existe débito no
valor de R$ 3.965.595,43, e que não lhe foi repassada emenda parlamentar de
custeio no valor de R$ 1,5 milhão, pois, em verdade, tanto a referida emenda
parlamentar, devidamente repassada, quanto todos os serviços prestados pela
Santa Casa desde 01 de Janeiro de 2017 foram quitados até a presente data, haja
vista que a SCMI vem recebendo mensalmente do Município de Itabuna valor correspondente a 49,5% do valor da
plena municipal (R$ 4.295.085,20 de um total de R$ 8.688.613,90), além de já
ter recebido, só neste ano de 2019, R$ 4.600.000,00 de repasses de emendas
parlamentares.
O
atual gestor, Fernando Gomes Oliveira, ao longo de seus mandatos foi quem mais
fez em prol da SCMI, enviando projeto de lei para a Câmara Municipal, isentando
por 10 (dez) anos a SCMI do pagamento da conta de consumo de água, pagou 60% do
valor utilizado para a construção do pronto-socorro do Hospital Calixto Midlej
Filho e arcou, ainda, com o pagamento do débito histórico que a SCMI tinha nos
idos de 1977, o que na época representou algo em torno de 620 milhões de
cruzeiros, tendo mais serviços prestados àquela instituição que alguns que dela
se serve.
Aliás,
a Santa Casa atualmente é inadimplente da EMASA em cerca de R$ 3.600.000,00
(três milhões e seiscentos mil reais), referentes as contas de água consumidas
e não pagas, enquanto que o Hospital de Base vem cumprindo com sua obrigação.
Nas
gestões do atual gestor se edificou também o Hospital de Base Luís Eduardo
Magalhães e a Maternidade Ester Gomes, que demonstram a prioridade sempre dada
à saúde da população.
Os
valores devidos pelos serviços que deveriam ser oferecidos pela Santa Casa são
repassados pelo Município de Itabuna com o extremo cuidado e cautela, eis que
são valores destinados à saúde da população carente, que continua sendo a
prioridade do governo municipal, mas que há muito tempo deixou de ser a
prioridade da Santa Casa. São diversos os atos da SCMI, construída com dinheiro
público e da sociedade, que ao longo do tempo demonstram o seu abandono à
filantropia, como por exemplo, o fim do Pronto Socorro, a imposição de
fechamento das portas do Hospital Manoel Novaes e a precarização de serviços de
saúde efetivamente pagos.
É
necessário informar a população que as dificuldades que a Santa Casa alega
passar são oriundos unicamente de sua má administração e em especial do seu
desvio de finalidade. Afirme-se, já que é público e notório, a existência de
altos salários pagos ao grupo que há muito tempo controla a Santa Casa.
Afirme-se ainda que a SCMI entregou, por meio de terceirizações, a quase
totalidade dos serviços que dão lucro, aos empresários do ramo da saúde. Tudo
na Santa Casa atualmente é terceirizado, desde o cafezinho até a ressonância
magnética, até o cemitério, pasmem, será terceirizado e em consequência disto,
o valor dos procedimentos que dão lucro, em lugar de ficarem nas contas da instituição
proporcionando melhores condições, vão para os bolsos do empresariado que
enriquece às custas do dinheiro público, algo que, inclusive, já motivou o
Ministério Público do Estado da Bahia a ordenar o envio de ofício ao
Excelentíssimo Ministro da Justiça Sérgio Moro a fim de que o mesmo autorize a
devida apuração destes fatos por meio do Departamento de Polícia Federal.
A
sociedade vivencia nos tempos atuais o período das informações em tempo real, a
internet chegou ligando mundos completamente diferentes, proporcionando contato
entre grandes massas de pessoas e possibilitando a transparência dos fatos
sociais, é assim, por exemplo, na Administração Pública, que por meio do portal
da transparência demonstra aos cidadãos investimentos, gastos e atos
administrativos praticados pelos gestores e é assim que se espera que a Santa
Casa haja, com a transparência e a verdade que a população carente que lhe dá
razão de existir merece, pois o Município de Itabuna continuará lutando pela
saúde do seu povo e com esperanças de que esse complexo hospitalar tão
importante a esta cidade volte a cumprir seu papel filantrópico e sem fins
lucrativos, sem ser utilizada como trampolim político ou para albergar
interesses contrários à sua verdadeira natureza. Será que o projeto da Santa
Casa nos bairros visa atender o interesse público ou a promoção de aspirante à
candidato nas próximas eleições? Será esse o papel da Santa Casa?
A
gestão municipal repudia, assim, as inverdades assacadas na nota pública da
Santa Casa, ao passo que reafirma seu intento irrefreável de continuar
trabalhando com a verdade, retidão e de forma incessante, para ofertar à
população de Itabuna uma saúde cada vez melhor.
Prefeitura Municipal de Itabuna
Secretaria de Governo
Departamento de Comunicação Social
04 de Outubro
de 2019
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