O busto em questão,é este, foi para recuperação, depois de depenado pelo vandalismo politico e nunca mais voltou! |
Veja a versão do conceituado artista plástico de Itabuna, Renato Afonso de Souza, nosso conhecido Renart, a
respeito do descaso do busto do escritor Jorge Amado, criado pelo escultor Lavrud Durval que foi instalado em Ferradas, no Governo de Azevedo e, devido a depredação retirado para
restauração e, até hoje, completando oito meses, não retornou ao local. A FICC não diz nada a respeito.
Um povo sem história, não tem cultura e nem tradição.
Um povo sem história, não tem cultura e nem tradição.
O Concepcionador Plástico
Renart Sousa, tendo em vista as diversas manifestações negativas -
baseadas em informações distorcidas, reflexo do desconhecimento ou ignorância perceptiva quanto a espécie do material empregado na execução da
escultura representativa da figura do escritor Jorge Amado, instalada no trevo
rodoviário do bairro de Ferradas -que apresentadas sob as matizes manifestas, tentam denegrir a
imagem do executor da obra, o escultor Lavrud Durval, vem de público
esclarecer aspectos pertinentes a matéria, afim de dirimir as opiniões - a priori por mim
relevadas - baseadas nos limites de percepção dos que se manifestaram.
Historiemos os fatos:
Em meados do ano de 2012, recebi solicitação da Prefeitura Municipal de
Itabuna, através do Secretário Jorge Vasconcelos, para apresentar um projeto de
monumento, com o fito de homenagear o escritor Jorge Amado, como parte
integrante das comemorações do centenário de seu nascimento; solicitação esta
prontamente atendida, quando apresentei em reunião pública o referido projeto,
na presença do Prefeito Capitão Azevedo, Secretários Municipais, representantes
de Classe e Clubes de Serviços, Imprensa , Artistas , convidados, e o
representante do Banco Santander, financiador do Projeto de Recuperação do
Sítio Cultural Jorge Amado de Ferradas.
O projeto de monumento fazia-se composto de uma base monumental com oito metros de
altura, simbolizando duas hastes entrecruzadas, a primeira de sustentação, a
segunda de projeção espacial, com encravamento em baixo-relevo do título de
todas as obras editadas em vida do escritor, sobrepondo-se a esse elemento uma
projetante para fixação de sua escultura figurativa, com 3m de altura,para o desenvolvimento da
qual convidei o jovem e talentoso escultor Lavrud Durval, naquele momento
apresentado como meu parceiro no desenvolvimento do monumento.
O material eleito para o desenvolvimento da obra seria o
concreto armado revestido de granito para a base de sustentação e projetante: e
o bronze para a escultura retratando Jorge Amado assim como o revestimento das
letras formadoras dos títulos das obras do escritor.
O custo total de concepção e execução custaria a importância aproximada de R$160.000,00
(cento e sessenta mil reais), com implicantes quanto a sua modalidade de
execução a discutir-se entre as partes interessadas.
O acima exposto, representava a intenção original para a
concretização do histórico desejo de prestar-se uma homenagem justa e merecida
ao mais ilustre e representativo filho da nação Grapiúna, fato , que não se
concretizou , como o almejado, em virtude das limitações pecuniárias então
vivenciadas, pelas ditas disponibilidades financeiras do município, aspecto
redundante da radical mudança na concepção original da obra, salientando-se o fator referente a localização do monumento
definitivo, inviabilizado naquele momento em função da futura transformação do
atual trevo da entrada de Ferradas, que deixará de existir como tal, em função de
futura duplicação da BR, fato preponderante na decisão de não erigir o
monumento no referido local, optando-se
então - em função da imprescindibilidade de se prestar a homenagem no bojo das
comemorações do centenário de seu nascimento - por base simplória provisória
para colocação da estátua,também modificada em suas intenções executivas, quais
sejam no seu aspecto de envergadura, modificada de 3m para 1;70, assim
como na qualificação do material
empregado na sua elaboração ,resultante das ditas “ limitações pecuniárias do
contratante”, ( a fundição em bronze montaria na quantia de R$60.000,00),
modificado-se do bronze para um elemento
provisório em resina de fibra plástica, espécie geradora das polêmicas
manifestações exacerbadas nas redes sociais e na imprensa em geral; material
esse, composto por dois elementos
formativos: a resina e a massa plástica amalgamadas e combinadas, com aplicação
de camada interna em gesso-pedra , usado como elemento auxiliar estabilizador
da resina, cuja permanência e durabilidade frente aos agentes naturais
faculta-se ultrapassar 500 anos, se mantida sua integridade física livre da ação predatória encetada pelo baixo
discernimento de alguns animais que pouco exercitam sua inerente racionalidade.
Eis porquanto colocada a real situação dos fatos, catalisados pela ação de
vândalos, que ora fazem-se vivenciados pelo já ementário de opiniões dos que
ousaram externar-se sem o embasamento do conhecimento da espécie: a resina
plástica é porquanto um material de características permanentes, exemplificados
em vasta gama de trabalhos artísticos desenvolvidos com a mesma: mural de minha
autoria, simbolizando os esportes olímpicos , na Vila Olímpica de Itabuna,com
camada milimétrica de resina revestido internamente por manta de fibra,
assinado em 1980, portanto 33 anos de integridade física mantidas a salvo, dentro dos domínios da Vila, de atos
de vandalismo: Outros tantos ,de
artistas de comprovada e indiscutível
consagração pública,como Osmundo Teixeira, e Paulo Cardoso,no escritório
local, e na sede da Ceplac; de Mario Cravo ,exaltando os veleiros, na Cidade
Baixa, em salvador; de Richard Wagner, monumento ao Centenário de Itabuna,etc.Vale-se
aqui resaltar que o vandalismo predador de monumentos, não é um problema local,
mais mundial, como estampado frequentemente pela mídia...
Cumpre-se também esclarecer os aspectos de bastidores,que
redundaram na não colocação da placa original em bronze, devidamente executada
no tempo hábil para a inauguração,(ora ainda em minha posse), impedida de
última hora de ser colocada, por não constar em seu contexto,o nome do
vice-prefeito,(erro grasso do cerimonial ou assessoria jurídica do candidato)
que seria o agente oficial do descerramento da referida placa, devido ao
impedimento do prefeito de participar de
solenidades que tivessem conotação de propaganda eleitoral, obedecendo
razões da Justiça Eleitoral, fato este que implicou na fixação de um
modelo provisório, constando o nome do vice-prefeito, desenvolvido em fibra acrílica sob base de Duratex, para
posteriormente ser fundida, o que não aconteceu por desinteresse do executivo
em arcar com a refundição complementada ,da placa original
Quanto a cantada e
dita imerecida quantia de R$20.000,00, que auferimos em função dos resultados
obtidos pelos desfechos conclusivos da obra, pela catilinária ofensiva das
opiniões emitidas contra Lavrud, resalto para os incautos e mal informados,
sobre o real valor de uma obra de arte:
o que recebemos, eu e Lavrud , nada mais foi que um dízimo de nosso
merecimento.
De aqui fica, aos vândalos nosso inútil inconformismo quanto
a bestial manifestação de suas ações, pois bem
sei que continuarão a assim agir infinitamente...; aos que emitiram opiniões sem a consciência
crítica do conhecimento da espécie, a relevância de nosso discernimento,
conquanto é sábio perdoar e relevar; a FICC - que através dos limites das ações de seus
dirigentes, que há aproximados duzentos e quarenta dias,repousam em berço
esplendido de uma injustificável inércia operacional de pleno relegar,
caracterizada pela visível impotência e incapacidade de reagir frente a uma situação
passível de pleno equacionamento - faz-se a real catalisadora do desfecho da
situação de ostracismo, ora vivenciada
pela nossa obra,e que posando de vestal, ao imputar todos os males do
mundo aos limites da administração passada - que ao menos fica na história com
o mérito de ter encetado a iniciativa e ação de realizar esse monumento - em verdade deveria agir de forma antagônica ao
que tão veementemente condena, optando pelos caminhos da racionalidade,
devolvendo a estátua de nosso Grande Jorge, já definitiva em bronze, como originalmente
almejado , ao seu lugar inaugural, amputando opiniões descabidas, de seu
encarceramento em qualquer outro espaço
e concomitantemente, esperamos, com confiança nas diretrizes que norteiam os
destinos da esperançosa administração do Prefeito Vane, que seguramente não
pactua das mesmas “limitações pecuniárias” , da administração pretérita, quanto
as ações culturais.
De nossa parte, a plena voluntariedade para encetarmos
juntos, a restauração do modelo
provisório da obra, e sua consequente fundição definitiva em bronze,pondo a
prova, no porvir, às reais intenções da FICC, e quem sabe, assim realizarmos um
monumento , a altura do homenageado, na plenitude de sua concepção.
Temos dito, Renart
& Lavrud
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