O fluxo diário de automóveis, caminhões e motocicletas na ponte Salvador-Itaparica deve
alcançar
os 140 mil veículos até 2043. Esta é a estimativa do ex-presidente da
Petrobras e atual secretário do Planejamento da Bahia, José Sergio
Gabrielli, durante seu programa de rádio semanal.
De
acordo com Gabrielli, este é um projeto estruturante. “ Ele criará um
novo dinamismo, sobretudo, no Recôncavo, Baixo Sul e Litoral Sul,
permitindo o surgimento de um novo polo industrial e logístico na Região
Metropolitana de Salvador , ancorado por investimentos já em curso, a
exemplo dos estaleiros em São Roque do Paraguaçu e Maragogipe, ou
projetados, como a nova retroárea do porto de Salvador”, afirma.
Diferente
desta proposta, alguns arquitetos propõem a construção de uma via
litorânea no entorno da Baía de Todos-os-Santos, chamada de via
bucólica. No entanto, ela “resume-se a uma estrada que passará dentro de
cidades históricas, como Santo Amaro, Cachoeira, São Félix, Maragogipe,
São Roque e Itaparica, sem a preocupação, necessariamente, com os
impactos desse fluxo de veículos”, diz Gabrielli.
Redução de tempo
Um dos benefícios com a construção de uma ponte ligando Salvador a Ilha
é a redução do tempo entre a capital e 24 municípios em mais de 40%.
“Isso possibilita, por exemplo, uma expansão urbana, com pessoas morando
em Itaparica e Vera Cruz, ao tempo que trabalham em Salvador, ou mesmo
ao contrário, morando na capital e trabalhando na ilha”, destaca o
secretário.
Já a via bucólica, comenta Gabrielli, “prevê
que a ligação entre Salvador e Itaparica seja de 110 km, o que sem
dúvida é menos do que temos hoje, mas ainda sim, está a 1h30 no mínimo”,
afirma o titular da pasta do
Planejamento.
Outro
aspecto que diferencia as propostas é que a construção de uma via
litorânea, envolvendo a Baía de Todos-os-Santos, é essencialmente
turística, visto que se trata de uma via de baixa intensidade de
tráfego.
Por outro lado, o projeto da ponte Salvador-Itaparica,
diferente da proposta de uma via bucólica e de baixo fluxo de veículos,
envolve intervenções estruturantes, bem como o transporte de pessoas e
cargas (pesadas e leves), minimizando seus efeitos sobre as áreas
urbanas das cidades e dinamizando diversas atividades econômicas, entre
elas, o turismo. “O fluxo de veículos na ponte Salvador-Itaparica
crescerá ano a ano, alcançando 140 mil veículos por dia dentro de 30
anos”, afirma Gabrielli.
O secretário conclui que a
proposta de construção da via litorânea não deve ser considerada como um
projeto alternativo a ponte Salvador-Itaparica. Os impactos seriam
negativos, sobretudo ao meio ambiente, visto que a área possui grande
concentração de manguezais. Além disso, a estrutura dos municípios, em
sua maioria centenários e considerados patrimônios históricos, não
atenderiam a demanda crescente de veículos, o que geraria transtornos
para a mobilidade urbana e a própria
preservação das cidades.
Do -
jornaldamídia
Perguntamos: Se ainda não concluíram o metrô de Salvador, como vão construir ponte? As eleições estão chegando, cuidado meu povo!