Senador nega possibilidade de aproximação com o Planalto (Foto: Fabio Pozzebom/ABr)
Presidente do PP é resistência à cooptação de Lula
O presidente Lula (PT) conseguiu cooptar boa parte da bancada do partido Progressistas (PP) no Congresso, oferecendo aos parlamentares os cofres bilionários da Caixa Econômica Federal, mas ainda há os que resistem. É o caso o seu presidente nacional, senador Ciro Nogueira (PI), que fez opção pela coerência: além da conhecida orientação conservadora, ele foi ministro do governo anterior e tem permanecido leal ao ex-presidente Jair Bolsonaro. E não dá trégua em suas críticas a Lula.
Após Lula repetir Dilma, que quase quebrou o País, provocando queda da Bolsa e disparada dos juros e do dólar, Ciro não perdoou.
“Olhe para cima: a chuva de picanha nunca aconteceu”, provocou Ciro. E propôs: “olhe para a frente: o Brasil está no rumo errado”.
“O governo do PT fala muito e não faz”, observa o senador pelo Piauí, que no passado chegou a votar em Lula, mas hoje quer distância.
Rosangela Moro (União-PR) listou pontos que dificultam o alcance ao déficit zero, “viagem de FAB para ministra assistir ao jogo, R$1 milhão na festinha da saúde com direito a dança erótica e 60 mil a diária na Índia”.
Dono da caneta, Lula terceirizou a culpa pelas três mulheres que demitiu. “É que o partido não tinha mulher para indicar”, disse, sobre a Caixa. Lorota. Ele ignorou a indicação da ex-deputada Margarete Coelho.
Além de declarações levianas que culminaram com queda na Bolsa e alta no dólar e nos juros, o presidente Lula repetiu sua lorota no debate da Band, há um ano, afirmando que “não quer um amigo no STF”.
“Fico pensando: aonde Flávio Dino será melhor ao Brasil? Na Suprema Corte ou no Ministério da Justiça?”, refletiu Lula diante de jornalistas. Se pensar muito, periga deixar o fiel escudeiro desempregado.
O senador Sergio Moro (União-PR) lembrou haver criado, no ministério da Justiça, a secretaria de operações integradas para polícias estaduais e federais.” Uma das coisas que eles (o governo do PT) fizeram foi desmantelar. Aí realmente não funciona”, afirmou ao Diário do Poder.
Eleito à sombra de Bolsonaro, Yuri do Paredão (CE) segue deputado do PL. Teve sua expulsão do PL anunciada após bajular Lula. Estes dias, reincidiu, divulgando fotos e afagos para parabenizar o petista.
Lula continuou ausente dos assuntos mais buscados na internet, na semana passada. Mais uma vez, entre 23 e 27 de outubro o assunto que dominou as buscas no Brasil foi o futebol, segundo o Google Trends.
Dos mais de R$1,01 bilhão que o governo federal gastou nos primeiros nove meses do ano com viagens, 16% foram destinados a viagens internacionais de servidores federais: mais de R$164 milhões.
Reforma que prejudica o cliente é o quê?
Do Diário do Poder