“O corpo do meu filho está em estado de decomposição. Botaram ele no chão porque não tem geladeira suficiente. A gente perde um ente querido dessa forma e ainda tem que passar por isso”. O relato é do policial reformado Jorge Teixeira dos Santos, pai de Rafael Silva dos Santos, 29, morto na noite de Sexta-feira da Paixão, no Alto da Terezinha, Subúrbio Ferroviário.
Às 15h de ontem, dois dias e 16 horas depois do assassinato, o corpo de Rafael foi finalmente sepultado no cemitério de Plataforma. “Primeiro, não tinha rabecão para pegar no hospital. Depois, essa demora aqui. Que sofrimento!”, lamentava o pai.
Os assassinatos de Rafael e outras 55 pessoas nos três dias após o fim da greve mostram que os índices de violência seguem altos. A média de homicídios em Salvador e RMS, entre 1º de janeiro e 14 de abril, era de 5,67 mortes por dia. (Correio)
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