REDAÇÃO DO JORNAL DA MÍDIA
Otto queria mostrar a Wagner, na oportunidade, que a reforma que o governo, através dele (Seinfra) estava fazendo no ferryboat era definitiva. O Estado desembolsou muito dinheiro – R$ 40 milhões – e dizem que o governador Wagner, hoje, não anda nada saatisfeitos com os ”resultados”.
Bem diferente do que apregoa o vice-governador e secretário de Infraestrutura, Otto Alencar, de que o serviço do sistema ferryboat é bom e caminha para ser coisa de ”primeiro mundo”, na prática o sistema é ruim, pobre, precário e continua gerando muitas reclamações dos usuários.
Nesta quinta-feira, 25 de julho, somente três embarcações estão em tráfego, deixando usuários esperando nos terminais horas para embarcar.
Só operam hoje os navios Maria Bethânia, Juracy Magalhães e Ivete Sangalos. Os quatro demais estão quebrados. O Pinheiro, que passou quatro meses na Base Naval de Aratu sendo “reformado”, voltou ao estaleiro de forma prematura. Na “reforma” dessa embarcação foram gastos pelo Estado R$ 5 milhões.
Apesar de a Internacional Marítima, concessionária do Maranhão contratada pela Seinfra e Agerba para operar o ferryboat, alegar sem oferecer maiores detalhes, que o Pinheiro passa por ”manutenção preventiva e programada”, a realidade é outra.
O navio, que foi “reinaugurado” dia 29 de janeiro pelo governador Wagner e pelo vice Otto, voltou a apresentar problemas no sistema de propulsão e teve que ser docado de novo na Base Naval de Aratu.
Motores novos não, recauchutados – Na época em que voltou ao tráfego, a Internacional Marítima e a Agerba garantiram que os motores do Pinheiro foram substituído. Há denúncias de funcionários, tanto da Agerba quanto da Lumar e da Internacional, de que os equipamentos foram somente recauchutados e não substituídos por novos.
O governador Jaques Wagner participou da solenidade de reincorporação do navio Pinheiro ao sistema, dia 29 de janeiro, no Terminal do sistema ferryboat, em São Joaquim. A imprensa toda estava presente, mas parece que já esqueceu do fato.
Foi só maquiagem – Com menos de 15 dias em tráfego, todos os quatro navios “reformados” quebraram. Os serviços foram feitos pela Internacional Marítima e pela baiana Lumar. É bom lembrar, que, mesmo sem ter ainda contrato de concessão assinado com o Governo do Estado, a Internacional Marítima estava à frente dos serviços desde outubro de 2012 – a empresa da terra do senador José Sarney só assinou contrato com o Estado em março de 2013.
Portanto, estava sendo remunerada pelo Estado, presume-se, de forma totalmente irregular. Não se sabe como é que essa engenharia contratual foi concebida e feita. O Ministério Público não se pronunciou, apesar de o secretário Otto Alencar ter garantido que o MP seria informado sobre todos os atos praticados no sistema ferryboat.
Controle da Mídia - Com a mídia da Bahia totalmente controlada pelo governi, fica fácil se imaginar, para quem não é usuário, que o sistema ferryboat melhorou. Na prática, porém, nada mudou. Só trocaram o nome de uma empresa de apenas três letrinhas (TWB) por outra com muitas letrinhas – Internacional Marítima. As duas vieram de fora: a primeira do Sul e a segunda do Norte. As duas fracas, de serviços precários.
Assistir ou ouvir entrevistas do secretário Otto Alencar em emissoras de rádio e nos programas populares de televisão, é uma festa. Os “entrevistadores” fazem questão de levantar a bola para ele chutar. Uma combinação perfeita – de um político e bom comunicador com quem recebe publicidade oficial para entrevistá-lo.
LEIA MAIS SOBRE O ASSUNTO
- E a licitação do ferryboat, vai ter ou não vai? O governo não diz nada!
- Diretor da Agerba retorna da Europa com alternativa para o caos do ferryboat
- População da Ilha de Itaparica protesta contra o ferryboat e Agerba
- Fila no ferryboat passa da Calçada e usuários voltam a enfrentar problemas
- Internacional Marítima arma estratégia para prorrogar contrato do ferryboat
- Empresária critica ferryboat e pede providências ao Ministério Público
- Capitania diz que ferry da Internacional Marítima sofreu pane seca e ficou à deriva
- Ferry “Juracy Magalhães” fica à deriva e Internacional Marítima queima horários
- Ferryboat: Internacional Marítima vende “gato por lebre” à população.
- Ferryboat vai de mal a pior com a Internacional Marítima e a omissão da Agerba
- Capitania dos Portos instaura inquérito contra a Internacional Marítima
- Internacional Marítima importa ”know-how” da TWB e encalha ferryboat em Aratu
- História da Internacional Marítima é parte das malvadezas de ACM contra Waldir
- Internacional Marítima emite cupom fiscal em nome da TWB
Nenhum comentário:
Postar um comentário