A
greve já foi comunicada ao governo municipal pelos sindicatos de todas as
categorias, que decidiram garantir o percentual de 30% do funcionamento dos
serviços considerados essenciais. Mas durante o período de paralisação os
servidores estarão se concentrando todos os dias, sempre a partir das 8 horas
da manhã, em frente ao Palácio Paranaguá, para discutir os rumos do movimento.
E uma nova assembleia já está marcada para a manhã desta quarta-feira, também
às 8 horas da manhã, em frente à Prefeitura, para avaliar se o governo
apresentou alguma proposta de reajuste salarial.
De
acordo com os líderes sindicais, o prefeito Jabes Ribeiro continua insistindo
em números irreais e mentirosos da folha de pagamento com pessoal e se recusa a
apresentar uma proposta de reposição salarial dos servidores, o que acaba
dificultando o diálogo dos trabalhadores com o governo municipal. Durante
a reunião com o conselho observador, o governo chegou a propor a criação de
duas comissões, sendo uma para avaliar a situação financeira do município e a
segunda para tratar do transporte coletivo, além da sugerir um pacto entre o
município e a sociedade civil organizada. Os líderes sindicais afirmaram que
aceitam firmar o pacto, desde que os haja transparência e credibilidade, o que
não vez acontecendo com a atual administração.
Na
reunião com a sociedade civil organizada o prefeito voltou a lamentar da crise
financeira por qual atravessa a cidade e apresentou o mesmo quadro de despesas
com a folha de pagamento de pessoa que já havia sido contestada pelos líderes
sindicais. No cenário apresentado pelo prefeito, a folha de pagamento chega a
68% das receitas, o que comprometeria o limite permitido pela Lei de
Responsabilidade Fiscal. Acontece que os números foram mais uma vez rebatidos e
contestados pelos representantes dos sindicatos, que apresentaram documentos
comprovando os gastos reais com pessoal e apresentando inclusive erros absurdos
cometidos pelo governo municipal. Também foram citados gastos exorbitantes da
Prefeitura com serviços desnecessários, o que acaba onerando a folha de
pagamento e acentuando ainda mais a crise financeira do município.
Da - assessoria
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