Guilherme Santos |
Percorrendo o Brasil em busca das 550
mil assinaturas para registrar a Rede Sustentabilidade como mais uma agremiação
política nacional, a ex-candidata a presidência da República, Marina Silva,
esteve nessa quinta-feira (9/5) em Salvador participando de um debate entre
militantes do futuro partido.
Desta cidade esteve presente um grupo
composto por 15 militantes, coordenados pelo professor José Carlos Guilherme
dos Santos, entre eles também, o radialista e blogueiro Val Cabral.
Ao analisar o projeto de lei em
tramitação no Congresso Nacional que dificulta a criação de novas siglas
políticas, Marina manteve a voz serena ao classificar a matéria como “um golpe
à democracia”. “Essa lei é altamente oportunista. São dois pesos e duas
medidas, dentro de uma mesma legislatura. Temos que combater o casuísmo e
defender a isonomia entre os movimentos”, avaliou a ex-petista que, no primeiro
turno de 2010, recebeu 20 milhões de votos para presidente pelo Partido Verde e
surpreendeu analistas políticos.
Segundo Marina, cerca de 300 mil assinaturas
já foram captadas em menos de três meses. “No dia 16 de fevereiro, quando
decidimos criar a Rede Sustentabilidade não esperávamos essa adesão rápida. A
média que os outros partidos criados recentemente demoraram para obter as 300
mil assinaturas foi de oito meses e nós conseguimos em menos de três”.
Disse também que a cota mínima da
Bahia já foi alcançada, mas que o esforço agora é pela cota nacional, de 550
mil assinaturas; ” Mas, como a gente tem uma perda de 25% a 30%, nós queremos
recolher 700 mil assinaturas”.
Ao adotar o formato de coletivo,
Marina negou que a proposta seja uma reação às críticas de adversários que o
objetivo simplista do Rede Sustentabilidade seria ter uma legenda sob seu
controle. “A ideia de rede é uma tradução do que nós somos.
Marina, ainda informou que essa
concepção nasceu ainda em 2010 e amadureu para chegar aonde está. A ex-senadora
falou também sobre eventuais candidaturas em 2014, naturalizando a participação
de nomes como o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), a presidente
Dilma Rousseff (PT), José Serra e Aécio Neves, ambos do PSDB. “A democracia é
assim. Numa eleição de dois turnos, no primeiro é o momento para o debate de
ideias”, analisou.
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